Classe Anfíbia
Sapo: espécie de anfíbio mais conhecido
Esta classe de animais vertebrados, composta por sapos, rãs, salamandras aquáticas e as cecílias, foi a primeira a aparecer no planeta terra por volta de 300 milhões de anos. Hoje, habitando algumas ilhas da Indonésia, ainda existem espécimes raros e antigos que viveram na Idade do Carvão, período em que estes animais foram o grupo dominante.
Os anfíbios têm a capacidade de viver tanto dentro quanto fora da água, porém, sua pele precisa estar constantemente úmida, pois funciona como um meio de respiração para este animal. Apesar de quase todos desta classe possuírem pulmões, eles são de estrutura extremamente simples. Tanto a rãs e quanto os sapos possuem ouvidos e um coração de complexidade superior se comparado aos seus ancestrais.
A forma de vida anfíbia, considerada bastante adaptável, vem evoluindo durante milhares de anos por sua capacidade de habitar a maior parte dos continentes do mundo, exceto a Antártida, que possui condições climáticas extremamente rigorosas para quase todo o tipo de vida. Sapo Cururu
No Brasil podemos encontrar estes seres em várias regiões, inclusive na região da Mata Atlântica, que com uma biodiversidade ainda maior do que a da Floresta Amazônica, possui sua fauna formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), além, é claro, de outras vidas como os mamíferos canídeos e aves das mais diversas. É uma das áreas mais sujeitas à precipitação no Brasil, com chuvas orográficas que caem em função das elevações do planalto e das serras, o que torna este um habitat perfeito para a categoria estudada. No mundo todo há cerca de 4800 espécies de sapos. A maioria deles vive dentro ou próximo a uma fonte de água, muito embora existam aqueles que vivam em ambientes úmidos, mas que não são considerados ambientes aquáticos. A necessidade por água é mais premente para os ovos e os girinos do adulto, que vivem somente em ambiente líquido respirando através de guelras, assim como os peixes. Contudo, algumas espécies utilizam poças temporárias com água coletada nos ramos de plantas. Durante seu desenvolvimento ocorrem alterações genéticas que fazem com que as guelras dêem lugar ao pulmão.
Cerca de 4000 espécies fazem parte do grupo moderno destes vertebrados, sendo suas três principais categorias: os Caudata, chamados também de anfíbios com caudas, aqui estão as salamandras e sirenídios; Anura, são aqueles que não possuem calda, como as rãs e os sapos; e ainda os Gmnofiona ou Apoda, são aqueles que possuem o formato de verme.
Curiosidades
A palavra anfíbio, como adjetivo, significa qualquer coisa ou ser capaz de viver ou movimentar-se tanto em terra firme como na água. Exemplo: um veículo anfíbio.Observada como substantivo, esta mesma palavra refere-se a qualquer espécie de animal vertebrado da Classe Anfíbia.
O termo anfíbio vem do grego e tem como significado "duas vidas". Um exemplo é o sapo, que nasce como girino, sobrevivendo somente dentro da água, mas que, depois de adulto, perde a cauda e se transforma em um Anuro, ordem dos sapos, rãs e pererecas. Este termo é bastante antigo e faz referência principal aos sapos, rãs e pererecas (por isso o nome).
Características
O macho mede cerca de 140 mm e a fêmea cerca de 170 mm. Existem diferenças de cor e tamanho entre macho e fêmea (veja foto acima, monstrando um casal em cópula). Quando apanhado com a mão pode encolher-se e ficar imóvel, em tanatose (finge-se de morto). Tanto as volumosas glândulas de veneno, como a tanatose podem ser consideradas como adaptações defensivas.Hábitat
É comum em regiões serranas, tanto no litoral como no interior.Distribuição
Ocorre no sudeste do Brasil, atingindo o leste do Paraguai.Hábitos
Hábitos noturnos, abriga-se durante o dia em tocas entre raízes de árvores, no solo ou entre pedras.Alimentação
Insetos.Reprodução
Apresenta dimorfismo sexual acentuado. A desova é composta por cordões gelatinos em fileiras dupla de ovos (raramente única). Os girinos, pretos, vivem em cardumes.Manifestações sonoras
Vocalizam parcialmente submersos em água calma, apoiados no fundo.O sapo é um vertebrado da classe dos Anfíbios e da ordem dos batráquios. Muitas vezes os sapos são confundidos com lagartos e pererecas, mas os sapos verdadeiros pertencem ao gênero Bufo.
Nesse gênero existem mais de 150 espécies. São encontrados em todo o mundo, menos no sudoe ste da Oceania e em Madagascar. Podem variar muito de tamanho, de 2 a 25 cm de altura. Eles se alimentam de insetos e pequenos animais. Procriam na água, podendo migrar até 1,5 km atrás de um bom lugar, pondo de 600 a 30.000 ovos, dependendo da espécie.
O girino vira adulto num período de um a três meses.
O sapo brasileiro mais comum é o sapo-cururu, Bufo marinus. O número de espécies de sapos vem diminuindo muito, pois ele é muito sensível a poluição da água e do ar. Exatamente por isto, sapos são considerados excelentes indicadores ecológicos.
Em 1980, duas espécies de sapos australianos desapareceram.
A maior parte dos sapos produz veneno para se defender, numa glândula especial que fica atrás de seus olhos.
Quando está com uma presa na boca, o sapo fecha os olhos, forçando-os para dentro, para ajudarem a empurrar a comida boca abaixo. Todo anfíbio é animal cordado craniota gnastomado tetrápode, da classe Amphibia. Pele nua, glandular, sempre umedecida, sem escamas; coração com três cavidades; respiração através de brânquias nos estágios iniciais (podendo persistir a vida inteira), e depois através de pulmões, pele e mucosa bucal, separada ou concomitantemente; fecundação externa. Abrangem as cecílias, salamandras e anuros.
As cecílias constituem uma família da ordem Gymnophiona (ápodes). De aspecto vermiforme, vivem nos solos humosos, pele lisa, com sulcos transversais formando anéis e provida de secreção defensiva. Tem os olhos recobertos pela pele, fato que lhes valeu o nome vulgar de cobras-de-duas-cabeças, ou cobras-cegas.
As salamandras são da ordem dos urodelos (Caudata), provido de cauda na fase adulta, com um ou dois pares de patas, e que, segundo o ambiente onde vive, pode apresentar brânquias ou não. A única espécie existente no Brasil é a Bolitoglossa amazonica.
Ordem: Anura
Família: Leptodactylidae
Nome popular: Sapo de Chifre
Nome em inglês: Ornata frog
Nome científico: Ceratophrys ornata
Distribuição geográfica: Sul do Brasil e Argentina
Habitat: Florestas tropicais
Hábitos alimentares: Carnívoro
Período de vida: Varia de 6 a12 anos
Pode parecer estranho, mas existe um anfíbio conhecido popularmente como sapo de chifre. Na verdade ele faz parte da família das rãs, mas por ser grande e apresentar pele de textura rugosa lembra muito mais um sapo do que uma rã.
Originário do sul do Brasil e Argentina, o sapo de chifre (Ceratophrys ornata) possui elevações acima dos olhos que lembram dois chifres. Estas elevações servem para que ele se mostre ameaçador para suas presas, além de fazer com que seus predadores pensem duas vezes antes de atacá-lo.
Sua coloração varia entre marrom com bege e verde, camuflando se com o ambiente onde vive. Possui aproximadamente 20cm de comprimento, pesando cerca de 500gramas e podendo viver até 12 anos.
Tem hábito noturno e passam praticamente o dia inteiro enterrado em meio a folhas, musgos e capins em solo de florestas tropicais, saindo apenas à noite para se alimentar e procurar fêmeas para acasalar.
Não é fácil diferenciar machos de fêmeas, os machos tendem ser maior, e apenas ele vocaliza para atrair a fêmea, na época de reprodução. O amplexo sexual, ou seja, a cópula entre os anfíbios, ocorre perto de algum corpo d´água. Os ovos permanecem depositados durante alguns dias até que nascem os girinos, que logo se desenvolvem em anfíbios adultos, que nesta espécie se tornarão belas rãs ou melhor, sapos de chifre.
O sapo de chifre também é conhecido por muitos como pac-man (come-come do videogame) pelo tamanho de sua boca e por ser muito faminto. Sua dieta baseia-se em invertebrados, pequenos vertebrados e peixes.
O desmatamento, as queimadas, o aquecimento global, vem destruindo o habitat dos sapos de chifre diminuindo sua população. Os anfíbios em geral são muito sensíveis a mudanças em seu ambiente, muitas espécies estão ameaçadas de extinção e muitas foram extintas, e ele como os outros animais também têm seu papel na natureza, assim é fundamental nos preocuparmos em conservá-los.
Até o final do século XIX, Répteis e Anfíbios eram classificados em um único grupo. Existem algumas características que fazem com que esses dois grupos de animais guardem uma semelhança recíproca, mas por outro lado, existem diferenças enormes.
Atualmente eles são classificados em dois grupos distintos: os Anfíbios que representam o primeiro grupo dos vertebrados que constituíram membros e isso foi um grande avanço na evolução animal. Eles possuem um endo-esqueleto, ou seja, um esqueleto interno e também membros. Os Peixes possuem um esqueleto interno, mas sem membros. Os Insetos e outros Artrópodes são dotados de membros, mas estes são muito diferentes das patas dos Anfíbios. Os Anfíbios representam o prelúdio daquilo que virá a constituir o reino dos animais superiores. Uma outra característica dos Anfíbios é o fato desses animais passarem o início de suas vidas dentro da água e depois mudarem seu hábito de vida, passando a viver em terra firme. É devido a essa característica que eles recebem esse nome, pois Amphibia significa vida dupla. O fato dos Anfíbios mudarem de habitat, saindo da Água e dirigindo-se a terra, faz com que sofram transformações.
Esses animais respiram inicialmente através de brânquias e posteriormente vão transformando seu sistema respiratório, desenvolvendo pulmões no lugar das brânquias iniciais. Em conseqüência dessa mudança, todo o metabolismo desses animais se torna completamente alterado. A rã é o animal mais característico do grupo dos anfíbios. Ao observarmos uma rã, iremos notar que debaixo de sua pele existe um esqueleto e dentro dele, situam-se os pulmões em forma de um saco, de uma bola, que preenche grande parte do corpo do animal, constituindo uma parte muito importante deste.
Existe uma enorme relação entre a formação dos pulmões e a formação dos membros. O oxigênio inalado pelos pulmões é utilizado nos processos de combustão que causam o movimento dos membros. Isso ocorre durante a metamorfose do girino em rã. A EVOLUÇÃO dos pulmões corresponde à EVOLUÇÃO dos membros e a INVOLUÇÃO das brânquias.
Os anfíbios são os primeiros vertebrados a mudar do habitat aquático para o terrestre. Para se adaptarem ao meio ambiente fora da água, entram diretamente em contato com o ar e começam a produzir sons, a ouvir e ter capacidade de sentir cheiro. O peixe que passa toda a sua vida dentro da água é surdo e mudo. As rãs desenvolvem a audição e coaxam emitindo sons. Além disso, a reprodução dos peixes ocorre totalmente fora do animal. Os espermatozóides fertilizam os óvulos no meio ambiente externo, dentro da água, e é o Sol que oferece o calor necessário para que os pequenos peixes possam se desenvolver dentro dos ovos.
Os Anfíbios se reproduzem através de uma primitiva forma de cópula. Isso ocorre dentro do organismo. Existem certamente outros membros do grupo dos Anfíbios além da rã, vários tipos de sapos, espécies de lagartixas e uma grande variedade de salamandras. A pele desses animais é muito interessante; não possui escamas nem é revestida por carapaça como nos répteis. Ela é mole, molhada, viscosa e escorregadia, possuindo pequenas protuberâncias semelhantes a verrugas, que são de natureza glandular e secretam um líquido que faz com que a pele fique úmida e recoberta por um líquido viscoso. A pele é algo muito importante nos Anfíbios e serve para várias finalidades: a da rã é mais importante que o pulmão na função respiratória. Se o animal não puder receber ar nos pulmões, ele poderá sobreviver através da respiração realizada pela pele. Mas se sua pele for impedida de realizar essa função, então a rã irá morrer sufocada apesar de realizar a respiração pulmonar normal.
A rã pode viver 10 a 20 dias sem precisar beber água, mas obtendo-a através da umidade atmosférica. Ela bebe muito pouco, mas normalmente absorve a umidade atmosférica por meio da pele. A perda de umidade durante um certo tempo faz com que a rã se torne muito delgada, mas se o animal desidratado for colocado em contato com um pano molhado, ele irá recobrar sua turgescência absorvendo a água através da pele. O processo respiratório da rã é muito diferente dos vertebrados superiores. Os Anfíbios secretam fluidos semelhantes à linfa, e a partir deles, desenvolvem venenos nocivos para outras criaturas. As secreções provenientes das costas dos Anfíbios são mais potentes e semelhantes aos venenos das serpentes, ao passo que as secreções das partes de baixo de seus corpos não são tão venenosas. A linfa excretada pelos sapos pode ser muito venenosa. A areia tocada pelo sapo, ao ser colocada numa gaiola, poderá produzir a morte do pássaro devido à presença do veneno nesse material. Os Anfíbios possuem peles de diferentes cores. As rãs são esverdeadas e muitas variedades de sapos apresentam uma coloração marrom. As salamandras exibem as cores vermelho-intensa e amarelo-forte alternadas com amarelo e preto. As lagartixas são normalmente esverdeadas, amareladas ou cor de laranja, mas qualquer que seja a cor da pele dos Anfíbios, apresenta-se sempre mole e glandular. O corpo desses animais também é mole e semelhante ao dos que não possuem esqueleto (Moluscos), apesar de serem vertebrados. Nenhum Anfíbio vive na luz solar direta, no dia claro, eles preferem a penumbra ou a luz crepuscular. Todos eles são muito sensíveis às condições atmosféricas, à luz intensa e à umidade do ar. Por essa razão, o seu comportamento é muitas vezes utilizado para predizer as condições meteorológicas. As rãs são muito sensíveis a neblina, sendo consideradas como profetas da chuva. A rã é muito sensível à umidade, principalmente quando ela sai da água pela primeira vez.
Os Anfíbios tem uma característica marcante que é o fato de assumirem dois estágios totalmente distintos; o primeiro quando vivem na água e o segundo, na terra. O primeiro é semelhante ao do peixe e o segundo ao do animal terrestre. Podemos observar inicialmente os ovos: eles são viscosos e se unem entre si numa massa que permanece na água. Cada um desses ovos é transparente e gelatinoso. Lá dentro situa-se o embrião do girino. Esse embrião sai do ovo e vai crescendo rapidamente. Nesse estágio, ele recebe o nome de girino, que é um ser muito estranho. Ele possui um rabo e apêndices nos dois lados da cabeça, que são as brânquias, cuja forma é análoga à das plantas, parece uma arvorezinha. Constituem o órgão respiratório do Anfíbio nessa fase de desenvolvimento. O girino é uma criatura muito semelhante a um peixe com um longo rabo e brânquias.
No estágio seguinte notamos que esse girino vai aumentando de volume. Parece que está se inchando pelo fato do pulmão estar sendo formado. Nesse mesmo estágio começam a surgir duas perninhas bem pequenas na parte de trás do animal. Depois, continuando o desenvolvimento do Anfíbio, observa-se no o início o aparecimento das patas dianteiras do animal. Notamos que o rabo está encolhido, e a rã já apresenta uma forma mais compacta e logo irá terminar a sua metamorfose, saindo da água como uma rã que caminha e salta na terra firme. O fato de a rã ter sido inicialmente um animal exclusivamente aquático e ter se metamorfoseado numa criatura terrestre, faz com que ela sofra uma enorme transformação. O pulmão se desenvolve e o animal começa a respirar mais profundamente. A reação a essa respiração pulmonar é o desenvolvimento dos membros. Os insetos desenvolvem um aparelho respiratório que consiste em uma formação denominado sistema traqueal. Em compensação, formam membros semelhantes aos das aranhas, de patas bem fininhas. Esses membros são formados ao mesmo tempo em que o sistema traqueal. O movimento é produzido como resultado da inalação do oxigênio que se encontra no meio ambiente externo. Quando o pulmão se forma, também os membros se desenvolvem e esses animais podem viver e se movimentar em terra firme. A formação interna dos pulmões está relacionada com a formação externa dos membros. Esses dois processos ocorrem simultaneamente.
É importante considerarmos, em relação às doenças pulmonares, que o tipo e a constituição do solo tem uma grande influência nesses distúrbios. Um terreno calcário exerce uma influência nos pulmões diferente daquela exercida pelo solo silicoso. Os Anfíbios vivem inicialmente na água e quando se forma o pulmão, eles passam a viver na terra. À medida que a rã vai se desenvolvendo, ela torna-se cada vez mais distendida devido à formação pulmonar.
O princípio de COMPENSAÇÃO pode ser visto nesse caso, da seguinte maneira: à medida que o pulmão vai sendo formado, os membros vão se desenvolvendo, ou seja, surgem os pulmões e, em compensação, aparecem os membros. E mais ainda: o comprimento dos membros posteriores corresponde à formação pulmonar na parte anterior do corpo. Esse princípio de compensação foi enunciado pela primeira vez por Goethe e pode ser visto atuando em muitos fenômenos da natureza. A serpente é alongada e não tem membros. O peixe também apresenta essa mesma característica. A rã é menor, mas nela os membros estão presentes; sua espinha é bem menor quando comparada com a do peixe, mas sua cabeça é enorme. Sua boca é muito grande, debaixo do animal existem pernas e no seu interior encontra-se um grande saco pulmonar. Isso dá a sensação de que a rã poderia "inchar a si própria”, inflando-se tanto a ponto de explodir, tal como descrevem as fábulas. O elemento aéreo atua na rã de maneira bastante intensa e a partir de dentro. A deformação da rã pode ser vista considerando-se esse processo. A rã é muito sensível ao ar, principalmente nas pernas.
Os Anfíbios podem ser descritos como uma polaridade total em relação aos peixes das profundezas. As criaturas das regiões profundas, que vivem próximas aos leitos dos oceanos, transformam seus músculos, de tal forma que essa substância muscular se retrai e se transforma em substância nervosa. Esses vertebrados, tais como as raias que vivem no fundo dos oceanos tropicais, são animais que realizam esse processo. Elas podem emitir eletricidade, dando um choque elétrico fraco, utilizado não só para a sua defesa, mas também com a finalidade de abater suas vítimas. A raia produz eletricidade, a rã, de maneira oposta, reage intensamente ao mínimo estímulo elétrico. A rã não dá choque, ao contrário, ela os recebe. A raia libera eletricidade pela região inferior do corpo; a rã produz eletricidade, mas reage ao recebê-la. Se ocorrer um mínimo movimento próximo à rã, ela salta com seus membros posteriores. Desta forma, reage muito intensamente à transmissão elétrica interna, sendo o melhor objeto para experimentos fisiológicos relacionados com a eletricidade. A rã tem tendência a ficar arrepiada e é um animal muito móvel; é o melhor meio para demonstrar a existência de eletricidade na atmosfera. A mínima quantidade dela produz uma reação na rã.
A carne da perna da rã é muito macia, delicada e extremamente sensível. Por que? A rã é um animal onde, pela primeira vez, surgem as pernas. Esses membros delicados respondem ao mínimo estímulo do ar circundante e são muito móveis. Assim, como o ar penetra na rã pela primeira vez, o elemento astral se interioriza e age fortemente nesse animal. A sensação conduz ao movimento. O sistema de membros da rã é o centro produtor do movimento e da ação. Se o cérebro de uma rã for ferido, esse animal ainda poderá se mover e saltar. Em contraste a isso, se o cérebro do ser humano for levemente ferido, essa situação trará uma conseqüência muito grave, o que não ocorre com a rã. Esse animal, além de estar ligado com movimentos e ação, vive totalmente em suas patas posteriores. A cabeça da rã não é tão importante para seus movimentos. A rã vive no âmbito dos pulmões e dos membros, sendo isso o mais importante em sua vida.
Um Anfíbio, mesmo após a sua morte, ainda pode reagir às condições exteriores por algum tempo. Podemos descrever esses animais como "seres que possuem muitas vidas". Essa é uma característica dos Anfíbios, que são seres que saem do meio ambiente aquoso e, pela primeira vez, entram em contato com o ar. Os Peixes estão adaptados à vida dentro da água e são incapazes de se mover ao deixarem o habitat aquático. A rã responde de maneira oposta, saindo da água, pisando na terra firme e entrando em contato com o elemento aéreo - uma das formas da rã se relacionar com esse elemento, é o seu modo de capturar insetos. Ela utiliza a língua como uma haste que voa até o inseto capturando-o e levando-o até a boca. Não existe nenhum outro animal semelhante à rã. Sua substância corpórea é elástica e pode ser esticada indefinidamente. Nela está presente o elemento aéreo que causa uma mobilidade estranha e não habitual.
Ao analisarmos as estruturas anatômicas dos Anfíbios, iremos notar que sua espinha é muito pequena; as patas posteriores são maiores e mais desenvolvidas do que as anteriores. Os membros anteriores terminam com uma estrutura semelhante a uma mão. Essa característica é muito mais pronunciada na salamandra, onde os membros são estruturados como quatro apêndices rústicos que brotam de um corpo em forma de serpente. Também podemos observar esse fato nos lagartos, que são Répteis. Notamos, portanto, que a formação de membros nos Anfíbios deixa de ter uma certa perfeição.Um anfíbio como presa
Existem muitas espécies de salamandras; normalmente elas apresentam uma coloração amarelada e faixas pretas ou amarelas. A pele desses animais e úmida e viscosa. O sistema nervoso dos Anfíbios é mais desenvolvido que o dos Peixes. O cérebro é maior e seus músculos respondem intensamente aos estímulos nervosos. O pulmão já substitui as brânquias. É interessante notarmos que os Peixes, na realidade, já possuem pulmões. Mas, apesar disso, eles não são utilizados como tal, mas como bexiga natatória.Os Anfíbios transformam a bexiga natatória, pois eles não mais precisam dessa estrutura para a natação, já que deixam a água e passam a viver em terra firme. O sistema circulatório dos Anfíbios nos revela uma evolução em relação ao mesmo sistema encontrado nos Peixes. O coração dos Anfíbios não é semelhante ao dos Peixes; o sangue dos peixes é puramente venoso e o coração desses animais apresenta duas câmaras separadas, de modo que o sangue flui para fora desses compartimentos. O coração dos Anfíbios muda consideravelmente, devido ao desenvolvimento do pulmão que substitui as brânquias, ou seja, quando o Anfíbio muda do habitat aquático para o terrestre. Os Anfíbios apresentam uma aurícula bem característica situada na parte esquerda do coração e essa estrutura cardíaca coleta o sangue, que foi aerado, proveniente dos pulmões. O ventrículo não está dividido, mas a estruturação é tal que uma grande proporção do sangue aerado proveniente dos pulmões é levado para a cabeça, enquanto que a maior parte do sangue pobre em oxigênio (venoso), vindo do resto do corpo, é direcionado para as artérias pulmonares. Dessa maneira, o coração dos Anfíbios é mais desenvolvido que o dos Peixes, mas o sistema circulatório ainda é imperfeito.
O coração dos Pássaros e Mamíferos é muito mais complexo que o dos Anfíbios. O sangue venoso, ao retornar do corpo, é coletado na aurícula direita e daí passa para o ventrículo esquerdo. As veias pulmonares fazem com que o sangue retorne para a aurícula esquerda e o sangue dessa estrutura vai para o ventrículo esquerdo promovendo a irrigação dos tecidos corporais. Dessa maneira, o sistema circulatório dos Mamíferos e Pássaros é muito mais desenvolvido que o dos Anfíbios. Os Pássaros e Mamíferos são animais de sangue quente. A circulação sanguínea do ser humano apresenta uma formação em cruz. Se no ser humano não existisse uma parede divisória, então o sangue arterial e o venoso iriam se misturar. Podemos observar que ocorre um desenvolvimento do sistema circulatório dos Peixes e dos Anfíbios. Os peixes possuem apenas sangue venoso. Os Anfíbios apresentam uma circulação constituída de uma mistura de sangue venoso e arterial. Além disso, o aparelho circulatório dos Anfíbios está adaptado para o sistema de brânquias, rabo e também para a posterior formação de membros e pulmões. O sangue dos Anfíbios não é quente; este ainda não foi elaborado por esses animais.
Os Anfíbios desenvolveram um avanço em relação aos peixes, em outros sistemas: no digestivo e nos órgãos dos sentidos. Nos peixes, os órgãos dos sentidos estão aparelhados em todo o animal. Nos Anfíbios, os órgãos do olfato e audição estão situados em um só compartimento, na cabeça desses animais. Quando uma rã coaxa, a vesícula sonora e os sacos vocais expandem-se. O órgão de produção de som se configura de uma maneira grosseira. O som é forçado para fora. A rã emite som de modo muito primitivo através de órgãos que foram formados na água e que, pela primeira vez, se dirigiram para fora, para o meio ambiente aéreo.
É muito interessante notarmos que a maioria das pessoas tem um sentimento de nojo e repulsa em relação aos Anfíbios e Répteis, mas, apesar disso, essas pessoas não deixam de manifestar tais sentimentos. Em relação aos Répteis, esse sentimento é muito mais pronunciado. As rãs manifestam dois tipos antagônicos de sentimentos. Por um lado, elas despertam um certo asco em algumas pessoas, mas, por outro lado, elas também evocam um ambiente de magia. Muitas fábulas nos falam de criaturas semelhantes aos dragões. Por que não temos esse tipo de sentimento em relação a esses seres? Isso é devido à origem muito antiga dos mesmos. O processo de reprodução dos Anfíbios é muito diferente daquele encontrado nos animais mais inferiores e nos Peixes. Os Anfíbios, através de seu ingresso no ambiente aéreo, apresentam uma relação no movimento e na sensação. Esse processo reprodutivo é dirigido para o interior do animal. Os peixes deixam seus ovos na água e a fertilização tem lugar sem que haja um contato entre os peixes. Os Anfíbios estão muito mais desenvolvidos no processo de acasalamento. Alguns deles tomam conta de suas crias. O assim chamado "Sapo Parteiro”, dispõe o cordão de ovos em torno de si próprio e os carrega, ajudando o desenvolvimento das jovens crias.
Existem dois grupos principais de Anfíbios: os que possuem rabo e os que não os possuem. Esse segundo grupo, mais desenvolvido, é constituído pelas rãs e sapos de todos os tipos. Os Anfíbios com rabos são as salamandras que estão mais próximas dos Peixes do que os sapos e rãs, apesar delas também desenvolverem pulmões. Elas possuem pequenos membros constituídos de mãos e permanecem num estado de vida mais baixo, vivendo num meio ambiente aquoso. Nestes dois grupos de Anfíbios, encontramos ora uma tendência, ora outra. Algumas salamandras não vão além do estágio de larva.
O nome réptil se refere ao modo como esse grupo de animais se locomove. Réptil vem de reptar, verbo pouco usado, que significa rastejar, arrastar-se. Ao grupo pertencem cobras, lagartos, tartarugas e jacarés. Todos dependem do ambiente para regular a temperatura do corpo, por isso a grande maioria vive em regiões tropicais e subtropicais. Existem espécies terrestres ou aquáticas e algumas habitam o litoral de Alagoas, nas restingas, rios, lagoas e no mar. Várias estão incluídas na lista oficial de animais ameaçados de extinção, como jacaré-de-papo-amarelo e as tartarugas marinhas.
A seguir, as principais espécies dos dois grupos, presentes no litoral alagoano.
Existem cerca de 4.800 espécies de sapos. A maioria deles vive próximo a uma fonte de água, muito embora existam sapos que vivam em ambientes úmidos que não são considerados ambientes aquáticos, como a serrapilheira de florestas tropicais úmidas. A necessidade por água é mais premente para os ovos e os girinos do sapo, e algumas espécies utilizam poças temporárias e água acumulada nos ramos de plantas, como as bromélias, como sítio de criação.
O sapo se distingue da rã pelas membranas interdigitais pouco desnvolvidas e pela pele mais seca e rugosa. Geralmente vive em ambiente mais seco.
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